A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão contra seis pessoas e seis empresas em Joinville, maior cidade de Santa Catarina, e Itajaí, no Litoral Norte, nesta quarta-feira (11). A ação apura a suspeita de esquema de câmbio sem autorização e apreendeu carros e objetos de luxo, como relógios.
Também foi determinado o sequestro de cerca de R$ 20,7 milhões em bens, incluindo embarcações de luxo, imóveis e ativos financeiros bloqueados. A Receita Federal também participou da ação.
Batizada de Operação Palíndromo, a ação quer desarticular uma associação criminosa estruturada e hierarquizada, composta por diversas empresas.
O grupo é apontado por operar câmbio sem autorização legal, além de cometer evasão de divisas e lavagem de dinheiro, e fraudes no comércio exterior, a partir de Joinville.
O nome da operação faz referência a uma sequência numérica que se lê da mesma forma de trás para frente. Conforme a Polícia Federal, o nome simboliza a tentativa de ilusão e dissimulação praticada pelos envolvidos.
Como agiam os suspeitos
Conforme a PF, o esquema envolvia operações de trading no comércio internacional, onde a principal empresa investigada oferecia serviços de câmbio sem autorização legal.
"Recursos eram enviados ilicitamente ao exterior através de pagamentos de importações com documentação falsa ou antiga, antecipação fraudulenta de câmbio e pagamentos a terceiros não relacionados ao negócio", disse a PF em nota.
As ações ilegais visavam, segundo a Polícia Federal, cobrir subfaturamento de mercadorias e dissimular a origem, destino e propriedade de valores, bens e direitos.
Os suspeitos teriam usado técnicas de lavagem de dinheiro como: mescla, blindagem patrimonial, manutenção de sócios ocultos e empresas de fachada.
Os crimes investigados incluem operar instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, integração de organização criminosa e fraudes na importação de mercadorias. As penas podem chegar a 32 anos de prisão.